Comprimidos

Leia a bula.

Ao persistirem os sintomas, procure um médico que saiba responder algo além de "deve ser amor".
Que coisa doentia.

quinta-feira, abril 14, 2011

Mas teu?

Teu pra sempre sou.
E falo de mim no masculino para o anagrama ser completo. Falo de mim no masculino pra abortar o cinismo de mulher e incorporar a sinceridade de um bom amigo na mesa de bar. Falo de ti porque é o mesmo que falar de mim. Falo de nós porque sem ele não há mais o que falar.
Esquece toda a estupidez que te dediquei. Esquece todas as meias-verdades. Esquece todas as meias-mentiras. Esquece tudo que, de tão incompleto, te fez confundir e me fez duvidar.
Sem subjetividades, teu pra sempre sou. Tua. Sua. Selo. Carta de envio. Remetente.
Destino.
Se ele é o culpado, que seja punido com a minha gratidão infinda. Até que a morte nos separe, sem burocracia ou compromisso que não nossa própria vontade.
Aqui jaz você, completa e inteiramente em mim.

Loop.

Era uma vez, o clichê.
Nas mãos do poeta ele se fez fim,
Morrendo de tanto ódio de si
Por não ser suficiente.

Era uma vez, eu.
Nas tuas mãos me faço começo,
Me faço voz, compasso, tom e melodia.
Me calo e esqueço
Morrendo de tanto ódio de mim
Por não odiar você.

E agora, mais uma vez, era uma vez o clichê.

segunda-feira, abril 04, 2011

Risada de estalo, choro que entalo.

Piada. Risos.
A mesma piada. Menor êxtase.
A mesma piada. Cansaço.
A mesma piada. Silêncio.
A incapacidade de rir várias vezes de uma só comédia paralela à pratica débil e incansável de rituais encharcados da própria desgraça.