Comprimidos

Leia a bula.

Ao persistirem os sintomas, procure um médico que saiba responder algo além de "deve ser amor".
Que coisa doentia.

sexta-feira, setembro 24, 2010

Rain ´´´´´´

Escorre como doce entre as veias,
Como a imaginação na ponta do lápis.
Como uma alma desabrigada,
Como a calma desesperada,
Feito um coração em prantos,
Feito até tristeza, beirando pelos cantos.
Meio à uma janela, fria e impaciente.
Meio à um lugar de destino inexistente,
Que percorre por si só, descontente.
Mas ela está lá, sinuosa, estonteante
Em um rumo demente,
Pronta a evaporar num menor sopro de calor.
Solta feio ramos a desprender da flor.
E então lhe pergunto o porquê,
Mas ela não sabe me dizer
Não insisto.
Nem de mim desisto, mas dela já não sei mais.
Deixo em paz.
Mantém-se em sua leveza.
Eu a observo,
Seu caminho, seu linear
E olho. E imagino. E deixo cair.
Afinal, chuva boa é aquela com gosto.
E de liberdade.

Coloquei uma carta...

Não numa velha garrafa. Não há mar que afogue o suficiente esses pensamentos. Não há nada que os impeça de existirem. Coloquei essa carta numa gaveta qualquer, num canto qualquer, perdido em papel e achado em mim. Porque não sai, selo maldito. Tá grudado na mente, sai, sai...
Saí.
Saí de mim e fui me jogar por aí, não sei mais o que sou, porque meu "quem" já está em ti. Ficaram restos de mim pr'eu tentar entender.
Então preenchi o sulfite com o que minha mão se atentou a ilustrar. Pus em linhas tortas o certo de mim, o que me compõe. Não houve habilidade, bem como novidade. Te desenhei. Não que seja fácil moldar tuas linhas sem ao menos ofegar. Mas o inconsciente tomou conta de mim, assim como fez no momento em que escondeu tal carta na gaveta cor de canela.
Não com o objetivo de tentar fazer-me esquecer de ti. Não aprendi a cometer milagres.
Mas tudo com o fim de te ter mesmo que a fala acabe, que o sorriso apague e que tudo se afunde naquele mar que, agora, não é capaz.
Tu, então, estás em duas estantes. Entre os livros e rascunhos largados no criado-mudo. Entre átrios e válvulas sem o menor escape pra mim.
Num coração criado pra gritar toda vez que tu chegas perto.

segunda-feira, setembro 20, 2010

E, mais uma vez, me encontro assim...

Queria saber se eu já posso desistir. Se já posso me largar por aí com menos de duas décadas de oxigênio. Se já posso me doar pra quem se mostra caridoso o suficiente ao me querer enquanto nem eu mesma me suporto mais. Se a chuva que inunda meu peito vai evaporar, se é você quem pode ser a melhor parte de mim.
Eu sento na esquina da vida, esperando pelo sol. Não lampiões. Não raios falsos, refratados. Nada de miranges. Quero a minha verdade. Quero o que tá guardado pra mim. Pára de esconder meu destino. Pára de fugir daonde nunca devia ter saido.
Volta pra casa, volta pra mim.

quinta-feira, setembro 09, 2010

Furacão.

Como eu posso ser capaz de abrir meu sorriso, meu peito e minha alma tão facilmente? Como você pode ser tão assim? Irresistivel.
E é por ser assim que não podemos ser. Você já tem quem seja por você. Queria que fosse eu. Queria que fossemos nós. A sós.
Passou por mim, no meio da brisa, feito um furacão. Me revirou, colocou-me de ponta a cabeça, apontou pro meu coração e resolveu que ele é seu. E quem sou eu pra discordar das forças da natureza?

Brega.

O amor é cafona. Coisa arcaica, dèmodè, sem estilo definido, sem personalidade, significado universal, gênero, grau. Sem nada. Sou nada sem.
Eu sou cafona. E sou por sua culpa. Você faz de mim toda amor.


(Antiiiigo, achei agora há pouco. Queria ainda ter alguem pra quem dizer sascoisas :|)

Pesquisar.

Será que se eu jogar no Google Search eu te acho, resto de mim?
Você que tá por aí, perdido, alucinado, fugindo daonde nunca deveria ter saido.
Sua ausência que impede minha estabilidade, mesmo que eu nem saiba se seus olhos são negros, azuis, verdes. Devem ter a cor da felicidade, aposto.
Me dê uma pista, um sinal.
Você é meu destino.
Você, que quero como motorista, carona, freio e acelerador.
Trace sua rota, desligue meu piloto automático e vamos por aí. Sem mapa, sem rumo, sem nada. Só eu, você e a estrada.
Com o combustível que há em nós.

domingo, setembro 05, 2010

Informações gerais.

Nome: Depende do humor.
Idade: Depende do tesão.
Data de nascimento: E lá importa?
Sexo: Ainda não.
Ocupação: Estudante, zumbi nas horas vagas e imbecil nas úteis.
Cozinha: De azulejos.
Livros: Com páginas e sem sono.
Algo que faz quando não está na internet:
Com o último relacionamento aprendeu:
Mais sobre você: Sou o que sou e ninguem vai me mudar.
A não ser que me dê em troca um card muito pica de pokémon. Ou grana. Muita grana.
Não troco minha personalidade por sexo porque meu eu-lírico é assexuado.
E sabe mentir muito bem.
Interesses: Dinheiro. Desculpa, senhor hipocresia, mas dinheiro compra tudo. Familia a gente tem, não precisa comprar. Amigos que valem a pena aparecem na hora da miséria. O resto é resto. Já passei em vitrine e quase comprei um namorado, mas ele tinha uma pinta esquisita no pescoço e eu preferi esperar a promoção da semana seguinte. Acabaram os estoques e aqui estou eu, perdendo meu tempo escrevendo baboseiras ao invés de me amacacar no colo de alguém.