Odeio o mediocre, o que não está aqui nem lá. O morno, o talvez, o cinza e o quem sabe?. Pra mim é frio ou quente, sim ou não, preto ou branco. Meio sexo não é sexo. Meio amor é quase ódio. Meio eu é porque ainda existe você. E ai entram as escolhas. Malditas hipoteses que só aparecem pra foder tudo. Até respirar é opcional, mesmo que a grande maioria de nós não seja corajosa o suficiente pra agir como se não fosse obrigatório. Fugir, desistir, deixar pra nunca mais... Nem sempre é covardia. As vezes é muito mais difícil abandonar do que resistir. Precisamos atropelar todas as nossas mentiras por apenas uma verdade, que quase nunca é indolor.
Eu tive que escolher. Me coloquei numa posição que era eu ou não era mais nada. Ninguem escolhe entre o bem ou o mal. Isso não existe. Que tipo de idiota escolhe o mal? É uma questão de percepção. Eu optei por mim. Então fico aqui no aguardo esperando você devolver o resto que sobrou com você. Ah, eu também escolhi tê-lo de qualquer forma. Devolva ou terei que arrancar. É extremo. É quente. É frio. Só não é morno, não é médio, não é nós.
4 comentários:
Mas, é que nem a história do Ícaro, sabe? Ele morreu porque quis ficar mais perto do sol, o pai dele, que voou mais baixo, sobreviveu. Quase ninguém sabe dessa parte da história, ela não é interessante o bastante.
É a relatividade sempre consumindo tudo...
ficar em cima do muro, só quando convém. até nisso.
É bem assim mesmo.
Difícil é sair dessa bobeira de sempre optar pelo meio termo.
Demora muito para aprendermos não ser tudo preto no branco, a importância que misturar os dois (e encontrar o cinza) traz para a vida.
Tente não descobrir isso da forma mais dolorosa.
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