Comprimidos

Leia a bula.

Ao persistirem os sintomas, procure um médico que saiba responder algo além de "deve ser amor".
Que coisa doentia.

sábado, dezembro 18, 2010

Nem bom nem dia.

(Eu detesto fazer notas nos textos, mas talvez seja melhor você ler o anterior para entender esse. Só uma dica. E desculpa a zona)

Dormi e então olá. "Bom dia", você diz. Nem bom nem dia, como ontem não era noite. Nem pergunte se "ei, você tá bem?" porque esse sujeito não se encontra. Trancou a porta, não quer sair.
Finge não estar. E então você (o você que não sou eu, o você que existe. Até demais.) parece tentar me convencer a amanhecer de verdade, aceitar que só assim posso ser eu.
Você está certo. Mas não sei se vou admitir. Não sei se quero mais. A tua manhã tem um sol que queima e arde e cansa e abafa até pensamentos.
Você está certo. Mas não sei se posso admitir. Meu orgulho chora sempre que penso nas vezes em que voltei atrás da minha própria voz.
Eu já acordei. Tinha ficado na mesma, na merda. Decidido manter a decisão mesmo que isso seja absurdamente redundante. Tanto quanto o "eu te amo". Isso é tão obvio! Você é você, eu sou uma tola. É claro que isso ia acontecer.
Claro... Luz...
Bom dia.

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