Comprimidos

Leia a bula.

Ao persistirem os sintomas, procure um médico que saiba responder algo além de "deve ser amor".
Que coisa doentia.

segunda-feira, agosto 02, 2010

What a beautiful mess.

Tenho tantas perguntas e nenhuma coragem, ou talvez abertura para fazê-las. Talvez simplesmente elas não sejam tão necessárias, porque, no fundo, eu já saiba a resposta. Pra maioria delas, ao menos.
De uma forma ou de outra, elas ainda existem, me perseguem e enlouquecem. Me impedem de pensar em qualquer assunto que não articule minha mente até você.
E não é falta de assunto, mas excesso de sensações.
Não é uma história complicada ou incomum, eu reconheço. E isso me causa estranheza, pelo simples fato de eu não entender.
Ou não aceitar, tanto faz.
Não, eu não queria MESMO me envolver. Pouco antes eu já havia passado por situações complicadas demais, e a falta de estrutura emocional me afetava.
Eu tinha criado uma bolha, teoricamente impenetrável. Me enganei :(
Por dois motivos, lhe pedi um tempo. Auto-proteção (ou egoísmo, tanto faz também), e por te proteger. Acredite, eu pensei eu você nessa hora.
E, talvez, se não tivesse pensado tudo estivesse melhor. Menos pior. Igual.
Imaginar que refrear algo tão espontâneo fosse trazer qualquer consequencia satisfatória era pretensão demais.
Você se chateou, e isso me destruiu. Foi então que eu percebi que, por mais que um corte fosse necessário, eu NÃO O QUERIA.
Eu queria estar perto de você. Sentir seu cheiro, gosto, tato. Ouvir sua voz rouca perto, me arrepiar com a proximidade.
Voar junto com as borboletas em meu estômago.
Ignorei meu passado infeliz e resolvi dar um passo além do breu. Estourar a bolha que você já havia ultrapassado com a mesma facilidade que a chuva corta meu rosto num temporal.

Me pego pensando em você alguma vez. Algumas. Várias. Todas.
Saudade.

Alguma coisa errada, fugindo de controle. Ah, quem se importa? É ótimo.
Mas então a burrice, a coisa mais errada que eu poderia fazer.
Expressar.
Confesso que atualmente não é algo muito difícil para mim. Já foi. Acredite se quiser, mas já mantive muros em torno de mim.
E esses sim eram indestrutíveis.
Mas agora não vejo mais necessidade. Fugir dos maus momentos te leva a impedir que os bons também se aproximem.

Foi simples. Você não quis. Fiquei ressentida. Ainda estou, mas tanto faz, não é?
Se uma situação se repete, torna-se quase padrão, uma hora você se acostuma.
Estou me adaptando com a minha sorte equivalente à de um cego entre cactos venenosos. Só não vou me acomodar à falta de controle sobre mim.
Pra alguém que bloquiava sem dificuldades o que sentia, pelo simples fato de não querer preocupar ninguém, estou me saindo mal.
Desaprendi a lição. Esqueci como se contorna as emoções. Conheci quem sou e descobri que meu coração imbecil é masoquista.
Que o amor é suicida.

Não, eu não te amo. Sem essa. Eu sei o quão intenso pode ser o amor. Já senti, e não é TÃO assim.
Nem quase, pra dizer a verdade. Mas isso está sendo suficiente pra me mover. Ou pra me deixar estática, sem ação.

Os papéis se invertem. A caça vira caçador. O amante vira amado. O começo pode ser o fim de tudo.
O fim podia virar o começo, não acha?

Talvez a Ilha do Medo não tenha sido um bom começo. De medos e receios eu já estava cheia, precisava de certezas.
Que tal me dar algumas?

Mais um gole na bebida alcoolizada, feita pra esquecer. Sacudo a cabeça, e passo a pensar na merda adorável que fiz.
Ou no acerto destrutivo. Dá na mesma, é tudo tão inconstante e bipolar.

Pode fechar a conta, garçom; Já tomei minha dose insensata e passional de hoje.

Ah, chegou a hora. Vou passar alguns dos textos dos outros zibilhões de blogs que eu tenho pra cá. Espero não ter que repetir isso algum dia...

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