Comprimidos

Leia a bula.

Ao persistirem os sintomas, procure um médico que saiba responder algo além de "deve ser amor".
Que coisa doentia.

domingo, outubro 03, 2010

Dinamite.

“Eu quero mesmo é que tudo exploda. E que seja luminosa a explosão, que ecoe pelos quarteirões e faça tremer teus vidros, quebrar tuas janelas. Que perturbe teu sono e te faça ir pra rua pra ver o que aconteceu. Você não vai me encontrar lá. Eu não sou o piloto. Não sou o passageiro. Não sou o pedestre. Eu sou o acidente, e eu sou grave.” - Lucas Silveira

Eu sou o barulho, a gritaria, o desespero, o caos. Sou o que não dá pra entender, o que não dá pra evitar de ser. Porque eu me alimento de verdade e, acredite, nem sempre é bom. As vezes a mentira soa menos dolorida, causa menos insônia. Mas aí vem ônus de não saber quem és, no fim. Por isso a dor, de seu modo, me parece apetitosa. É sinal de que estou aqui, que minha carne inflama e pede pra morrer. E se o pede é porque estou viva.
Na minha tragédia há a graça da existência, e talvez isso me faça muito melhor do que uma comédia cujo roteiro não fui eu quem escreveu.



Um comentário:

Doug disse...

Eu adoro esse seu texto. Voce já tinha me msotrado ;D