Eu sou o barulho, a gritaria, o desespero, o caos. Sou o que não dá pra entender, o que não dá pra evitar de ser. Porque eu me alimento de verdade e, acredite, nem sempre é bom. As vezes a mentira soa menos dolorida, causa menos insônia. Mas aí vem ônus de não saber quem és, no fim. Por isso a dor, de seu modo, me parece apetitosa. É sinal de que estou aqui, que minha carne inflama e pede pra morrer. E se o pede é porque estou viva.
Na minha tragédia há a graça da existência, e talvez isso me faça muito melhor do que uma comédia cujo roteiro não fui eu quem escreveu.
Um comentário:
Eu adoro esse seu texto. Voce já tinha me msotrado ;D
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